Não tenho vergonha em confessar que pouco ou nada compreendo de política, e muito menos de economia. Tenho os meus valores, as minhas crenças e vou utilizando estes ideais e convicções para me tentar posicionar politicamente. A menos que coloquemos palas e sejamos dogmáticos politicamente, penso que dificilmente se poderá assinar de cruz sempre no mesmo partido. A diferença entre o que é dito e o que é feito é abismal, aterrorizador é ouvir comentadores, aterrorizador porque parece que as melhores medidas nunca são aquelas que são preconizadas, pensadas e cumpridas. Aterrorizador porque quando passam para o governo os ideais e as ideias mudam, sejam por culpa da máquina partidária, dos compadrios, dos interesses ou de outra coisa qualquer. Ainda assim, parece que ser político continua a ser o melhor tacho a que se possa almejar. É triste, mas a sina parece ser mesmo essa.
Mas fujo à razão da escrita deste post. Olhando para aquilo que este governo tem feito, continuo sem perceber se algumas das medidas seria evitáveis. Penso que o mais difícil é convencer da razão e necessidade de algumas delas, perceber como é que o Estado poderia poupar mais do que tem feito, se é que tem poupado alguma coisa que não à custa dos trabalhadores (públicos e privados).
Por defeito profissional, penso que o grande problema deste governo é de comunicação, comunica mal entre si, comunica pior para fora. Basta ouvir Gaspar, Relvas e Passos e percebe-se que a comunicação anda pela rua da amargura, pouco contextualizada, feita a medo, sem conteúdo, desnecessária, o que se diz é contradito por determinada atitude ou silêncio. Ou pelo sorriso amarelo de Passos a ouvir a Vila Morena.
Percebo pouco de política, nada mesmo, nem sei se é de bom tom falar de moral neste âmbito, quando a moral é hoje essencialmente amoral, como a política. Mas a moral de determinados membros, Relvas vem-me sempre à mente, um país que tem um político destes à frente diz muito acerca desse mesmo país, mas não teve Itália um Berlusconi? E é capaz de voltar a ter...
Faz-me espécie que a educação seja razão para ser político, nomeadamente a falta dela, lendo algumas das tiradas dos nossos políticos, na Assembleia, no século XIX, leva-me a pensar que se calhar estaremos melhor, mas melhor quando comparando. Parece que a política que temos é fruto da educação, não do ensino, da educação que temos ou deixamos de ter enquanto povo. E isso mete-me medo.
Mas, enfim, o que saberá um ignorante temeroso?
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