A realidade das salas de cinema em Portugal mudou nestes últimos 30 anos. Já lá vai o tempo, nomeadamente durante a faculdade, que era presença assídua nos cinemas de Lisboa, inicialmente no Colombo, mas com o tempo no Saldanha, no Mundial, no Quarteto.
A semana passada trouxe com ela o fecho de algumas salas por todo o país, sinal dos tempos?
Pessoalmente, há razões que me levam a passar cada vez menos vezes pelas salas escuras.
Os filmes cada vez me interessam menos, e com a quantidade de séries (gravadas ou em DVD que tenho em casa para ver) e filmes (idem idem aspas aspas) o interesse é menor.
Por outro lado, somos dois ou três a ir ao cinema, o preço dos bilhetes e a eventual bebida ou pipocas aumenta o gasto e diminui o plaffond mensal, prefiro comprar dois ou três filmes pelo mesmo preço e ver em casa.
Por outro lado, a última vez que fui ao cinema, sessão dupla, irritou-me. Sou por natureza pontual, e irritou-me que o filme começasse vinte minutos depois da hora marcada e que durante esses vinte minutos visse mais de um quarto de hora de publicidade, como fui ver dois filmes de enfiada, foram trinta minutos de publicidade, nem em casa! Irritei-me e pedi satisfações, de lá para cá existe, pelo menos em Almada, um papel a informar que o filme começa um quarto de hora depois da hora marcada e que há anúncios.
Obviamente, que a pirataria tem o seu peso, confesso que saco um ou outro filme, mas não é razão suficiente para deixar de ir quando quero. O preço e as características das sessões, para além da publicidade, irritam-me, mas a paragem do filme a meio, a falta de cultura do público levaram-me ao divórcio com as salas de cinema.
Lembro-me com nostalgia dos filmes no Condes, no São Jorge, no Nina (Amora) e em Almada. Hoje, estes Cinemas (assim mesmo com letra grande) e com algumas familiaridade à mistura foram trocados pelo cinema de pacote. Tenho pena, muita pena, mesmo!
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