sexta-feira, 26 de março de 2010

Um pequeno conto, no Breves Narrativas.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Festival da Canção - a homenagem que mata

A homenagem que mata o homenageado (de coração), o artista (ai, minha mãe) e as hipóteses de vencer qualquer coisa. Quê que foi isto?

Ora, eu até ando com um cd ao vivo do José Cid no carro, mas não sabia se havia de rir, ir à casa de banho ou chamar o psicólogo.

A letra é sublime, duvidam?
"Encontrei-te por acaso, numa rua da cidade, nosso olhar quando cruzado, foi logo de cumplicidade, foram dias, foram meses, foram horas a sonhar, eu confesso que por vezes muito mais para acreditar (...) fui para ti mais um passatempo. Desaparece da minha vida, não aguento nem mais um dia, antes quero solidão que viver na humilhação (...) mas o meu amor por ti, continua a crescer".

Na melhor das hipóteses, bipolar, não?
Claro que a inspiração deve vir quase toda de O Melhor Tempo da Minha Vida: "Foi só por curiosidade Que tu estendeste a mão, Foi só mais uma aventura, Do teu ego sem paixão. Eu que fui todo ternura, Que fui todo o coração, Tarde de mais compreendi Qual a tua intenção...
 E no entanto obrigado, obrigado para sempre. Pois por mais tempo que eu viva, Eu nunca vou esquecer Que tu mesmo, sem querer, Me vieste oferecer O melhor tempo da minha vida, o melhor tempo da minha vida, o melhor tempo da minha vida...
Os meus amigos de sempre, Vieram-me avisar Para ter cuidado contigo, Que mais tarde ia chorar. Só que eu dei tudo por tudo, Julguei que tu poderias Amar alguém que te amasse, Que te modificarias."

Fica a homenagem e o estilo do cantor, que mais do que ninguém me parece acreditar no que canta, convicto, mais do que quando diz que quem não arrisca, não.........petisca.







Portanto, duas músicas, uma canção à Cid (pois, pois. Todos podem querer, mas nem todos as sabem  fazer) e a vencedora, um rip of da Disney. Mas há mais, amanhã, provavelmente.

DUDE, finally

Ele é GRANDE

Festival da Canção - A vencedora

Ah!, o Festival da Canção. Derreado com uma dor nas costas, que me moeu todo o fim-de-semana e continua hoje, fui ouvindo o anteriormente Acontecimento da TV portuguesa. Confesso que aquilo me fez bastante confusão, quase todas as músicas pareciam homenagens a artistas/canções/estilos mais ou menos conhecidos, mas em mau. Irritante, também foi o facto de ver que todos os cabelos e vestidos ondolavam ao sabor do vento, e as cores que apareciam nos ecrãs lá atrás eram dignas de nos levar hoje ao oftalmologista.
Bonito, bonito, foi ver a vencedora agradecer a vitória ao som de um coral de assobios.
Mas sobre as músicas (querendo a sorte, todas) falaremos ao longo desta semana.

Comecemos pela vencedora.


No início parece ser outra coisa, mas quando chega ao refrão é impossível não pensar na Banda Sonora do Aladino da Disney.  Não consigo ouvir a canção vencedora sem me lembrar do Aladino, e tem tudo para ir a andar no Eurofestival. Depois queixam-se que os Lordi ganharam há uns aninhos. Pode-se não gostar da letra, do estilo e da caracterização, mas é muito melhor do que esta coisita.

Mayer no Rock in Rio

Há por aí um livro interessantíssimo, que mostra que nem todos os grandes artistas foram grandes Homens (neste dia, parece-me de bom tom escrever também Mulheres), chama-se Intelectuais.
Tenho, pelo menos, dois amigos (cunhado incluído) que veneram a música de um senhor chamado John Mayer. Se John Mayer tosse, acredito que eles vão comprar um remédio à farmácia e enviam por correio.
A semana passada começaram nas invectivas para com a organização do Rock in Rio, tudo porque parece que no dia de John Mayer tocam Ivette Sangalo e Shakira. O que me parece que não terá passado pela mente destes dois fãs é que o cartaz desse dia pode ter sido resultado de duas ou três coisas: uma homenagem da organização a John Mayer, um pedido de John Mayer ou uma forma de o convencer a vir ao Rock in Rio. Já explico as razões da minha teoria.
Antes, somente, realçar uma realidade, muitas das vezes os fãs de determinado artista ignoram as convicções religiosas, políticas, sociais e outras do mesmo, ou até os hábitos da criatura.
As hipóteses avançadas atrás têm como base uma entrevista do artista à Playboy americana, que deu, como seria de esperar, celeuma.

Deixo aqui algumas passagens, sem me dar ao trabalho de as comentar.

"there have probably been days when I saw 300 vaginas before I got out of bed," (falando de pornografia online).

"When I watch porn, if it's not hot enough, I'll make up backstories in my mind. My biggest dream is to write pornography."

A entrevista (talvez por ser para a Playboy) versou sobre as ex-namoradas, causou celeuma por Mayer usar a palavra nigger e apelidar o seu pénis de supremacista branco, etc, etc, etc.

Por tudo isto, parece-me que Mayer deve ter ficado agradado com o cartaz do Rock in Rio, mas se calhar sou só eu que sou mauzinho.

sábado, 6 de março de 2010

Estou na Escola, para ler material para a tese. Cheguei com um saco de documentos, artigos principalmente, sobre a temática. Ficaram 45€ na loja de fotocópias. Por estas e por outras, vou namorar o Kindle.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ando no carro com os Diabo na Cruz. À primeira audição fiquei desconfiado, gostei de três músicas. Algumas soavam mais pesadas do que esperava, ainda para mais depois do início com Vitorino. Obriguei-me a ouvir mais umas quantas vezes.
Gosto, ainda que ache o álbum desequilibrado. Tenho alguma dificuldade com algumas letras, que me fazem pouco sentido, mas a verdade é que o álbum tem sido companhia útil nestes últimos tempos.
Ontem, vi publicidade na tv. Mais uma acha para a tese:p

quarta-feira, 3 de março de 2010

Depois de ver o segundo Sinais de Fogo, fiquei com algumas dúvidas.

Tudo o que não faz sentido a Sousa Tavares é mentira? Os crimes têm de ser lógicos? A realidade tem de ser lógica?

Sousa Tavares só ataca quem não respeita ou não admira? Gostava de ter visto aquela "acutilância"/ agressividade a semana passada.

Para quê convidar alguém para uma entrevista, se o objectivo é que a pessoa ouça a voz de Miguel Sousa Tavares? A primeira parte do programa é ridícula. Sousa Tavares cansou-se de comentar o que queriam que ele comentasse, agora comenta o que ele quer - as peças são tão fraquinhas!!!

Espero que depois dos Sinais, o programa arda por completo, por este andar, não deve demorar muito.

37

Vimos lá por casa o primeiro episódio da mini-série policial da TVI, 37. A série tem algumas caras conhecidas da televisão portuguesa, entre elas, as de Sofia Alves, Pedro Granger e João Reis e promete muito mistério, mortes e a busca, por parte do espectador, de um serial killer.
O problema é que entre o prometer e o cumprir vai uma distância do caraças.

Vamos por partes.
A história conta o regresso de Helena, dos Estados Unidos, para trabalhar com autistas, num pólo universitário. O seu regresso anima as hostes. O ex-namorado volta a sentir aquele fogo que arde sem se ver e termina com a noiva, que é encontrada morta, e a reitora faz-se ao bife luso-americano, como se não houvesse amanhã (os olhos da reitora, meu Deus, os olhos da reitora - então ninguém pensou na actriz para Destino Imortal?). Uns dias depois, uma das monitoras dos autistas é encontrada igualmente morta. Pedro Granger "faz" de advogado, com um irmão autista. João Reis faz de inspector da Polícia que tem um filho, se disseram autista adivinharam.
As duas vítimas, até ao momento, foram encontradas à porta do edifício principal da Universidade, estranguladas, nuas, mas tapadas com uma capa de traje académico (não consta que nenhum dos membros da AE tenha sido convocado pela PJ!).

Há duas coisas que me fascinam neste primeiro episódio, vá, quatro.
1."Riscados" é a palavra que mais se ouve, dita pelos dois jovens autistas. Terá, obviamente, papel no desenrolar futuro, mas ainda ninguém deu pela importância desta pista (quem é que dá importância a autistas? Nesta série, ninguém. Granger passa a mão pela cabeça do irmão umas 40 vezes (razão suficiente para transformar alguém em Serial Killer) e João Reis deixa o filho sozinho, sem supervisão, na esquadra.)
2.A lésbica agressiva (reitora) ou, caso não seja lésbica, a tipa que quer ser tão amiga e fofinha que passa facilmente por stalker.
3.Helena que cada vez que resiste às investidas da reitora toma banho. Embora também tome banho noutras circunstâncias. Nunca uma personagem tomou tanto banho em tão pouco tempo. Mas o que adorei mesmo foram as duas ou três cenas em que a reitora apareceu e a desculpa que Helena dava era "Agora não dá, vá-se lá embora, que vou tomar uma banhoca."
4.Granger é tão mau actor que até enerva. Aliás, as performances são fraquinhas, irritantes e pouco naturais. Quando são informados sobre a morte de alguém, as personagens agem quase naturalmente, somente a voz mostra que estão chocadas. Ao pé desta gente, a actriz de Lua Vermelha que é perseguida pelo namorado merecia um Óscar.
 

Resumindo, banhocas, muitas banhocas transformam este primeiro episódio numa autêntica banhada. A série não convenceu propriamente, passei praticamente o episódio inteiro a fazer piadas com os diálogos, que são fracos, deprimentes e dignos de uma peça da preparatória.
Sinceramente...
Estando a dar aulas numa Escola de Engenharia custa-me dizer isto, mas prefiro engenheiros a professores, mesmo escrevendo contra a minha pessoa.
Meia semana depois, parece-me oportuno escrever sobre a conclusão de Jesualdo Ferreira, "A equipa perdeu bem".
Parece-me a mim que nenhum treinador devia dizer estas palavras. A equipa jogou mal, foi uma pálida versão do que devia ter sido, logo a conclusão devia ter sido oposta à formulada, a equipa perdeu mal. Não se encontrou, foi uma nulidade.
Aqueles com quem falo sabem duas coisas, nunca gostei de Jesualdo e nunca embandeirei em arco com aqueles que diziam que o Porto vinha a crescer. Sempre achei que vinha a ganhar (contra factos, não há argumentos), mas sem grande mérito. Vi poucos jogos bons do Porto este ano, um ou outro na Champions, e o jogo contra o Sporting, de resto...pouco vi. Também acho que Varela tem vindo a perder o gás e dei o exemplo do jogo contra o Braga, que me parece ter sido um dos jogos menos felizes do extremo.
Mais um facto para a fogueira, como é possível que em dois jogos (contra o Benfica e o Sporting) o Porto tenha perdido sem apelo nem agravo, merecendo a derrota e fazendo corar qualquer adepto com senso comum?
O campeonato está perdido, Jesualdo fala mais e apresenta menos resultados do que devia. Só me resta esperar uma coisa, que Jesualdo saia no final do campeonato.
Parafraseando Paulo Bento, ficou um ano a mais. E vamos pagar as favas por isso.

Dúvida Ontológica

Liberdade de imprensa é o mesmo que imprensa livre?