segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Terra Nova




Terra Nova é uma das novas apostas da FOX para a fall season de 2011, Steven Spielberg aparece como produtor e a série tem sido descrita como uma mistura de Lost com Jurassic Park.

A ação começa em 2149, no planeta terra, com a poluição e o excesso de habitantes a ameaçarem o futuro da humanidade. 
Uns cientistas malucos (redundância, eu sei) descobriram um buraco no tempo que permite a alguns escolhidos habitarem uma outra Terra (evitam-se os problemas das ações terem repercussão no presente), 85 milhões de anos no passado.
É neste contexto que conhecemos a família Shannon (Jim, o pai entretanto fugido da prisão, Elisabeth, a esposa cientista, e os três filhos Josh, Maddy e Zoe) que se juntam ao décimo grupo de "peregrinos" em Terra Nova.
O primeiro episódio (duplo, com duração de duas horas) apresenta-nos à família Shannon e ao ambiente de Terra Nova, tanto da terra, como da série.
A família tem um número anormal, já que a lei proíbe mais de dois filhos, a razão do pai ter de fugir da prisão prende-se com a decisão de terem levado avante a última gravidez. A ver vamos se a realidade futura deixada para trás terá algum impacto em episódios futuros, quando chegam a Terra Nova a indicação é que não. Há dinossauros, uns mais vegetarianos do que outros, há um grupo (sixers, do sexto grupo) de renegados e há muita história para conhecer, inclusive uma variante das pinturas de foz côa, mas com qualidade (afinal foram desenhadas por humanos do século XXII)!
Terra Nova é um produto mais cinematográfico do que televisivo, percebe-se pelos valores em causa, pela qualidade dos efeitos especiais. Cada episódio tem um orçamento de 4 milhões de dólares e foram construídos mais de 250 sets. O Presidente da Fox Entertainment, Kevin Reilly, comentou "This thing is going to be huge. It's going to take an enormous production commitment." Ao contrário do normal, a FOX não pediu um episódio piloto, mas avançou com uma série inicial de 13 episódios.
Por um lado, isto mostra a aposta e fé na série e sucesso desta, isto de um canal que tem apostado em Fringe (yuppii), mesmo sem grandes audiências. O primeiro episódio teve bons resultados tanto a nível de audiência, como de crítica.
Pessoalmente, não desgostei do primeiro episódio, mas também não delirei. Mas poucos são os pilotos que conseguem impressionar e, quando impressionam, poucos são os que mantêm a qualidade.
Terra Nova cativa, neste momento, mais a nível dos décors e efeitos especiais do que da narrativa; o segundo episódio foi uma desilusão, cliché atrás de cliché, nenhum mistério, nenhuma razão para me obrigar a voltar para o próximo episódio, somente dinossauros voadores. Houve construção e definição das personagens, nice, e então? Pagar 4 milhões para episódio e esquecer de contratar argumentistas é mesmo uma aposta arriscada.
Por enquanto, Terra Nova é uma aposta cara, pouco inovadora, ainda com pouca definição do que quer em termos narrativos, vai cativando, mas pouco mais. Veremos se o futuro é promissor, por enquanto, prefiro Primeval, que com poucos (comparando com os budgets americanos) meios vai fazendo maravilhas.


1 comentário:

  1. arranja lá um dia para eu ver um episódio. desejosa!
    sabes qd estreia cá?

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