Começámos ontem a ver a série dinamarquesa, The Killing, uma série policial de que tenho lido maravilhas.
Depois de me ter "convertido" aos policiais nórdicos em papel, Mankell foi o primeiro a desbravar caminho, mas Hakan Nesser, Stieg Larsson, Jo Nesbo, Ake Edwardson e Karen Alvtegen fazem parte do meu lote de favoritos, sem, no entanto, esquecer Camilla Lackberg, Asa Larsson, Arnaldur Indridason, Anne Holt e Yrsa Siggurdardottir (num patamar menos elevado, para mim, claro!); e de me ter satisfeito a série de Wallander produzida pela Yellow Birds, mais uma ou outra que vi produzida pela produtora sueca, aproveitei ontem no AXN para ver a antestreia da tão badalada série dinamarquesa, The Killing, que já deu origem a um remake americano (duh! os americanos são demasiado provincianos para verem filmes estrangeiros, preferem fazer e ver os remakes, normalmente inferiores aos originais), que teve excelentes críticas, apesar do final ter sido bastante criticado.
Pelo primeiro episódio parece que The Killing segue os passos de Wallander da Yellow Bird, há criminosos, vítimas, mas os relacionamentos tomam parte do tempo da acção, a primeira série é composta por 24 episódios, sendo que cada episódio ocupa um dia.
O primeiro episódio começa com a investigação ao desaparecimento de uma jovem de 19 anos, Nanna Birk Larsen, a detective Sarah Lund, prestes a mudar-se para a Suécia com o noivo e filho, toma a dianteira na investigação.
O episódio é suficientemente lento para nos dar toda a informação acerca do background de Sarah, ao mesmo tempo que somos apresentados à família da jovem desaparecida. Simultaneamente, conhecemos Troels Hartmann, candidato a Presidente da Câmara de Copenhaga, que pensa que tem a eleição ganha, mas aparentemente há mais do que parece à primeira vista. O final do primeiro episódio indica-nos que haverá ligações entre a sua equipa, não o colocando de parte, e o assassínio da jovem.
O primeiro episódio, pelo que li, toda a série, aposta num andamento lento, dando mais importância às personagens e relacionamentos, ainda que a acção não tenha sido descurada. Obviamente que se trata de um primeiro episódio, provavelmente o episódio mais ingrato de uma série de tv, já que tem de apresentar as personagens, a acção principal, o contexto, etc. Muitas das séries que vejo ainda andam à procura da melhor estrutura no piloto, the Killing parece ter essa estrutura organizada.
Ao contrário das séries americanas, os actores são mais do que modelos, parecem pessoas normais, comuns, mas convincentes. Ao contrário da série Wallander, a Dinamarca é somente o local, ainda não há, para já, pelo menos, uma apresentação da cultura, dos hábitos, temos a paisagem e a cidade de Copenhaga.
O primeiro episódio fica marcado pela fotografia cinzenta e pela brutalidade da morte, a reacção dos pais à morte da filha abre caminho a um papel preponderante da família no resto da série.
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