- Sôtor, não estou no Facebook.
- Porquê?
- Sei lá, aquilo não me chama nada.
- Mas então, porque é que não estar lá o atormenta?
- Quem disse que me atormentava?
- O facto de o enunciar. Aquilo que chama à conversa, interessa-o, atormenta-o...
- Tirou um curso para fazer inferências parvas? A mim é-me simplesmente complicado iniciar uma conversa.
- E porque começar pelo Facebook?
- Porque começar pelo Benfica nos pode levar a uma conversa duradoura e não faço questões de lhe pagar uma hora a falar de futebol.
- Ok, ok...
- Mas o que o apoquenta tanto com o Facebook?
- Não me apoquenta nada, simplesmente constatava um facto. Penso até que serei mais feliz por não andar no crime organizado ou a trocar animais ou o que é que se faz no Facebook.
- Não me diga nada...e os questionários?
- Quais questionários? Ah! Os do Facebook...
- Mas, divagamos, avance. Falava do Facebook.
- Não percebo a mudança paradigmática. Antigamente quem escrevia diários ou os fechava à chave ou publicava-os. Hoje, a vida de uma pessoa não guarda segredos.
- Não fuja. Tem blog?
- Blogs, twitter, hi5...
- Mas não Facebook?
- Acho que seria demais, estaria demasiado exposto.
- Em relação a...
- A tudo.
- Mas no entanto está nas outras plataformas, nos outros media.
- É. Quanto é que é isto à hora, mesmo? Deixe estar, não responda.
- ?!
Sem comentários:
Enviar um comentário