sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Não sei se as pessoas nos conhecem tão bem como esperariam ou se nos moldam como gostariam que fossemos. Por causa de algumas discussões e posts (aqui e no facebook) lembrei-me de um ou outro episódio.
Claro que tenho amigos que me "tentam mudar", no bom sentido, sabem quais as minhas limitações e tentam convencer-me a fazer algo ou adoptar hábitos que me levem à supressão de alguns defeitos. Claro que uns, na sua boa vontade, adoptam estratégias fadadas ao insucesso. Claro que não temos de mudar ninguém, mas por vezes podemos tentar ajudá-los, co-ajudá-los (não sei se a ideia que quero passar está efectivamente a passar).

Outros fazem uma imagem de mim que não é a correcta, ou aspiram a fazer de mim outro que não aquele que sou. Não percebo.
Lembro-me de um caso escabroso, que pode ilustrar mais facilmente o que quero dizer. Há uns anos, valentes, um amigo decidiu organizar-me um blind date. Conhecia-me suficientemente bem ou pelo menos achava que sim (tanto eu, como ele). Por piada, entrando na brincadeira, fui. Claro que nada deu certo. Quando falo de nada falo de tudo menos de relações amorosas, que seria a última coisa que me passava pela cabeça. Fui pela piada. Lembro-me de estar em casa dele e ele dizer-me que tinha de conhecer uma amiga dele. Que já lhe tinha falado de mim e que achava que ela seria indicada para mim e eu para ela. Pois... Temo e angustio-me perante mestres casadoiros, mas nada como provar que estão errados.
Ele, sabendo como eu sou com marcações, pega no telefone, telefona-lhe e coloca-nos a falar um com o outro. Marcamos um café.
Dois estranhos tentados por outrém a uma conversa. Os interesses dela não eram os meus, nem estaria interessado nos interesses dela. Poderíamos ter sido amigos, mas não sabíamos, na altura, como. Enquanto homem, aquela seria a última mulher para quem olharia. Penso que ela pensou o mesmo. Possibilidade de algo mais do que uma amizade? Menos 100. Possibilidade de uma amizade? Nula. Porquê? Não faço a mínima ideia.

Aparentemente estas situações são recorrentes. Noutra ocasião, pensando que andava demasiado só, uma das minhas melhores amigas disse e se saíres com x? Eu olhei para ela, disse que não e a conversa acabou por ali. Claro que não. Mas há pessoas que percebem à primeira.

Por isso é que me faz impressão as pessoas, que na maior das boas intenções, tentam juntar duas pessoas que conhecem e gostam. Sinceramente? Não se metam nisso. O Coração foge à razão, não é matemático.
Não será por mal, mas tentamos por vezes juntar as pessoas que gostamos, inconscientes de que nada têm a ver uma com a outra. Fazendo isto, por vezes podemos estar a "cavar uma sepultura" não só para nós, mas para os outros.

3 comentários:

  1. vai mas é comprar umas bujas que a noite de domingo vai ser intensa ;P
    abraço,
    Domingos

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  2. Oh.. mas olha que eu tive um tiro certeiro ao juntar-te com uma certa menina de olhos grandes a organizar uns jogos para um certo ABS... Hihi!

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  3. Mas olha que eu acertei em juntar-te com uma certa menina de olhos grandes, a preparar uns jogos para o ABS!!!

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