Sempre fui compulsivo, embora me pareça que não é essa a imagem que a maior parte das pessoas tem de mim, mas posso estar enganado.
Com a compra e utilização do Kindle a compulsividade tem-se manifestado, ainda mais, na intermitência de títulos que vou lendo (para além dos títulos, também vou lendo as páginas que vêm a seguir. Adiante...).
Nunca consegui ler somente um livro, neste momento tenho demasiados a meio, no início, quase no fim.
Tenho O Assédio de Pérez-Reverte no início, tenho dois Bolaños no início (acho que vão continuar durante algum tempo), mais uns quantos. Mas há alguns que vou lendo devagar porque quero que se mantenham durante algum tempo. Os soldados de Salamina, de Javier Cercas; Todo es Silencio de Manuel Rivas; Um adeus aos deuses, de Ruben A. e Onésimo, Português sem Filtro, de Onésimo Teotónio Almeida são exemplo desta velocidade lenta que tento manter.
Ruben A. e Onésimo são dois dos meus autores/escritores favoritos, Ruben A. pela utilização da linguagem, pelas imagens, onomatopeias que cria, por mostrar que a língua escrita é tão viva como a falada, por vezes mais; Onésimo pelas histórias e anedotas, pelas críticas que faz, pelo humor.
Tendo lido pouco mais de 50 páginas, em castelhano, guardo de Rivas uma capacidade de me fazer imaginar o que escreve, juntando a cultura popular à vivência numa localidade pesqueira. Cercas leva-me a uma busca pelo facto, pela verdade, pelo desconhecido.
Vou lendo diversos estilos, diversos âmbitos, diversos modos de escrever talvez na ilusão de ler de formas diferentes, de apreender experiências diferentes ou de forma diferente.
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